segunda-feira, 14 de março de 2011


Os pensamentos fluem a me ver sentado no colo da Maria Sem Vergonha.
Olhando para frente. Frente essa que nos espera o mar.
O Oceano Atlântico.
Oceano este que nos traz além de tranqüilidade, beleza.
Também nos traz alimento.
Traz de volta as tartarugas que um dia aqui foram paridas,
Ou melhor, chocadas, por essas areias imensas, mais às vezes tão curtas.


Essa praia que ora é dos artistas,
Ora dos poetas, Ora dos atores
E muitas vezes e quase sempre dos admiradores.


Essa praia que abriga sentimentos revolucionários, libertários, libertinos e
libertadores,
Também é a praia do sossego, das manifestações, dos abraços, das lutas.
É nela que encontramos a barraca do Aloísio,
Uma das primeiras barracas Tropicalista de Salvador, que até hoje se mantém,
É nela que encontramos a Maria.
Maria mulher, destemida, regueira, rasta e Sem Vergonha.
Sem vergonha de viver, de ser, de estar, e de permanecer.
O meu ser se poetiza onde repousam a mente dos poetas,
Os ovos das tartarugas.
É onde se aguça o grito:
"Esgoto no mar é burrice” ou ainda esse
“Não ao emissário submarino”.
E é pela continuação desse espaço que queremos que ele,
Ou melhor, que ela seja sempre

A Praia dos Artistas

Fafá M. Araújo - O Poetizar do ser



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