Cordel do Fogo Encantado - Ela disse assim (A teus pés)
Minhas Coisas. Esse é um espaço de organização e de confronto de ideias. Trago ai coisas que tenho como relevantes. Se aconteceu e foi importante para mim, você saberá. Pois você verá aqui.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Ela disse assim...
Cordel do Fogo Encantado - Ela disse assim (A teus pés)
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Coisas para um certa Senhora
Brota das pedras,
Da terra e de forma intensa traça seu curso
Ela que cria meus caminhos
Descobre universo
E me coloca neles
Traça, com mansidão, os caminhos que até aqui já percorri
Tece todas as manhãs do meu viver
Planeja
Reescreve
Amarela
Me põe no colo como criança que sou
Alafia a minha existência
Ora iê iê ô Oxum,
Ora iê iê ô minha Mãe
Salve Senhora da bondade
Salve Senhora primeira da minha vida!!!
Flores amarelas e todo meu encanto
Circulam minha devoção
Ora iê iê ô Senhora Minha Senhora
Fafá M. Araújo
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Negras Quilombolas Crianças
Sou apenas uma criança...
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
A Senhora das águas doces e da beleza
Era uma vez lá na África, há muitos e muitos anos, vivia uma senhora chamada Oxum. Oxum, a conhecida senhora das águas doces. Mulher muito elegante e vaidosa, gostava de tudo que era bonito: belas roupas, bonitos penteados, perfumes, e tinha paixão por jóias. Atenta à sua beleza, estava sempre admirando sua beleza no espelho.
Quando amanhecia o dia, Oxum já estava mergulhando no rio, banhando-se para enfeitar-se com suas jóias. Na verdade, antes mesmo de lavar as suas crianças, ela lavava as jóias.
Mas um dia, que surpresa desagradável! Oxum acordou, levantou-se com o primeiro raio do sol e quando destampou o baú das jóias, ele estava vazio. Não havia uma só peça. O que teria acontecido? Oxum botou a mão na cabeça. Andava de um lado para outro enquanto pensava: quem levou minhas jóias?
Assustada ela chorava muito. Deu uma volta em torno da casa e pode ver dois homens que se afastavam correndo. Cada um deles levava um saco que, com certeza, eram suas jóias. Oxum pensou rápido: – eu preciso agir. Ela pensou logo e executou.
Foi à cozinha, pegou uma quantidade d feijão fradinho, amassou bem e colocou numa panela. Ali acrescentou cebola amassada e uma boa quantidade de camarão seco, pisado no pilão. Por fim ela botou também "epô", (azeite de dendê) e misturou tudo até que se transformou numa massa bem gostosa.
Enrolou pequenas porções em folhas de bananeiras passadas no fogo. Arrumou tudo numa panelinha e cozinhou.
Depois de cozida esta gostosa comidinha, ela arrumou tudo no tabuleiro bem bonito e saiu em busca dos ladrões, cantando para espantar as suas preocupações.
Não foi difícil. Ela sabia exatamente por onde eles iam passar. Sentou-se com tranqüilidade, esperou os dois ladrões. Não tardou, eles apareceram cumprimentando Oxum na maior disfaçatez.
- Kuwaró! (bom dia).
- Kuwaró ô! (bom dia).
- Que belo dia! Que bom encontrar companhia por aqui. Como estamos contentes de encontrar a senhora.
- Ótimo. Então vamos parar de conversar um pouco. Querem comer? Hoje fiz uma comida de minha predileção. Wa unjeum? (convite para refeição).
- Hum… Bem que a gente estava sentindo esse cheio tão bom!
Os homens entreolharam-se confiantes e falaram baixinho:
- Esta senhora é tão bonita… mas parece muito bobinha.
- Pois é, nós tiramos todas as suas jóias, e ela ainda quer dividir a sua comida com a gente. É tola mesmo.
Os homens não esperaram outro convite e avançaram nos abarás e comeram sem a menor cerimônia, até caírem adormecidos um para cada lado.
Ai neste momento, Oxum aproveitou, tomou os dois sacos cheios de brincos, colares, anéis, pentes, pulseiras e prendedores de cabelo. Ela pegou tudo rápido, enfeitou-se toda e saiu cantando pelo caminho de volta para sua casa.
Iya omi bu odomi ró Orixá ó le le
Iya omi bu odomi'ó Orixá o le le
E ó be rê o o be rê o
O iná be ko ina ina
Referência
PETROVICH, Carlos & MACHADO, Vanda. Irê Ayó: Mitos Afro-brasileiros - Salvador: EDUFBA, 2004 p.73
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Se arrependimento matasse… Eu não morreria
domingo, 6 de fevereiro de 2011
...
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Flores, cheiros, sol e declaração de amor...
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Trampolim do Forte
As filmagens pelas ruas da cidade começaram em 2008, mas a produção já havia começado dois anos antes disso. Com o roteiro, a produção ganhou o prêmio do Ministério da Cultura pelo edital de Produção de Baixo Orçamento, e também o Prêmio de Desenvolvimento de Roteiros da Globo Filmes. Quando já estavam em processo de finalização, resolveram inscrever o filme do Festival Internacional de Cinema do Rio e foram aprovados. Estão na lista da Mostra Competitiva de Longas de Ficcção, ao lado de mais outras oito produções. “É uma vitrine, talvez a maior vitrine do cinema nacional hoje. Vários filmes brasileiros alçaram vôos maiores depois de uma participação nesse festival. Muitos distribuidores, de vários países estarão lá com essa intenção, de levar o filme pra fora do país e é isso o que a gente quer no final das contas, que ele seja visto cada vez mais, por públicos diferentes e que as pessoas reflitam, discutam sobre ele”, afirma o diretor.
João Rodrigo faz ainda uma ressalva à dificuldade de distribuir e divulgar os filmes no Brasil, e que por isso estar em circuitos de mostras e festivais é tão importante. “De cada dez salas de cinema no Brasil, nove estão sempre com produções estrangeiras, principalmente os grandes lançamentos norte americanos. Há uma dependência muito grande e você não consegue divulgar o seu filme dentro do seu próprio país. Isso é um paradoxo, mas infelizmente é a realidade, então a gente sempre tem que procurar outras formas de distribuição e diálogo com o público”, reclama.
Uma dessas novas formas de diálogo foi encontrada na Medição de Audiência, modalidade ainda pouco explorada no país para filmes. Consiste em selecionar um grupo pequeno, com idades e classes sociais distintas, para assistir ao filme e trocar impressões com o diretor. “Essas medições são muito comuns já nos Estados Unidos e Europa, e estão chegando agora no Brasil. Fomos convidados a participar de duas sessões, em Brasília e Curitiba e foi muito legal porque o retorno desse pequeno grupo ajuda a produção a enxergar coisas novas no filme, chegamos a enxugar um pouco o Trampolim depois disso. Desse público, tivemos 80% de aprovação, o que já é um resultado incrível e estimulador”, diz João.
Os saltos que Trampolim do Forte está dando não param por aí. O próximo passo é alcançar as telonas, o que deve ocorrer em 2011, após o carnaval. As expectativas diante das portas que se abrem no Festival do Rio também são animadoras. “Eu acho que nós temos que regionalizar, mas é importante ter um tema universal, isso ajuda a dialogar com o mundo. E o Trampolim tem isso, é um filme que fala da infância, de amizade, e dos problemas sociais que não existem só aqui. O Festival entendeu a proposta do filme, e isso já é uma grande vitória”.
Veja aqui o traile do filme
Maiores informações acesse o site http://www.trampolimdoforte.com.br/index2.html