domingo, 6 de fevereiro de 2011

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De onde sou?

Sei que sou filho da África, trago comigo a liberdade na cabeça.
Pensaste que chegado aqui despojaria completamente de minhas raízes?
Mas não. Aqui eu inventei a minha África, assimilando uma identidade étnica, visando uma
construção coletiva e transformadora que concerne hoje numa importância ritual e simbólica.
E hoje, essa experiência do candomblé visa ter uma funcionalidade e eficácia organizativa da vida comunitária sob à escravidão, e que se projeta até nossos dias atuais.
Sou filho de Oyó
Descendente de guerreiros e guerreiras, reis e rainhas que não se abateram
com o que nos foi imposto.
Sou filho de uma revolução viva e constante,
onde travamos todos os dias uma batalha sangrenta para sobreviver.
O erro deles? Foi nos colocar numa encruzilhada.
E é lá que vamos nos reerguer.
E é de lá que nos reerguemos para a tão esperada reparação.

SALVE DANDARA; AQUATUNI , MAKEBA, MÃE TATA, MÃE NITINHA E TODAS AS MULHERES SENHORAS, MÃES E IALORIXÁ QUE DERAM E DÃO EXEMPLO DE AFIRMAÇÃO DA NOSSA IDENTIDADE.
É NELAS E ATRAVÉS DELAS QUE EU ME ALIMENTO.

SALVE STEVE BIKO;
SALVE GANGAZUMBA;
SALVE LÉLIA GONZALEZ, SALVE UBIRATAN CASTRO, SALVE VILMA REIS, ÂNGELA DAVIS, ARANY SANTANA, LUIZA BAIRROS,
E SALVE ZUMBI DOS PALMARES E TODAS E TODOS ZUMBIS DE NOSSOS TEMPOS.

A benção a todas as minhas/meus mais velhas/os!!!!!

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